Economia cotidiana

Introdução

Lula insiste em taxar bets e fintechs mesmo após amargar derrota histórica no Congresso Nacional. O presidente prepara novo projeto de lei retomando pontos centrais da Medida Provisória 1303, que perdeu validade sem votação em outubro de 2025. Por outro lado, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, apresenta caminho alternativo: corte linear de 10% em todas as isenções fiscais do país, medida que pode gerar R$ 20 bilhões em receita para 2026.

Neste artigo, você vai entender por que Lula insiste em taxar bets mesmo derrotado, conhecer a proposta alternativa de Hugo Motta e descobrir o que está em jogo nos bastidores envolvendo emendas parlamentares e cargos no governo. Além disso, vamos analisar os impactos práticos dessas medidas no seu bolso e na economia brasileira.

 

🎲 Por que Lula insiste em taxar bets mesmo após derrota no Congresso?

A determinação com que Lula insiste em taxar bets surpreende analistas políticos. Em 23 de outubro de 2025, o presidente decidiu dobrar a aposta e enviará nos próximos dias projeto de lei prevendo taxação de apostas esportivas, fintechs e Juros sobre Capital Próprio. Essa proposta retoma exatamente os pontos centrais da MP 1303, que o Congresso simplesmente ignorou até perder validade.

Primeiramente, o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda avaliam que, mesmo sem aprovação garantida, insistir no tema traz justiça tributária. Em outras palavras, o governo quer mostrar à sociedade que empresas de apostas e fintechs lucram bilhões sem contribuir proporcionalmente aos cofres públicos.

Além disso, a estratégia governista é clara: caso o projeto não avance, o ônus político ficará com o Legislativo. Consequentemente, deputados e senadores terão que explicar aos eleitores por que protegeram empresas de apostas enquanto brasileiros enfrentam dificuldades econômicas. Portanto, Lula insiste em taxar bets também como movimento de marketing político.

Por outro lado, a situação financeira do governo é crítica. A preocupação do Executivo é não conseguir fechar as contas de 2025, o que forçaria contingenciamento do orçamento já em novembro. Nesse sentido, toda fonte adicional de receita se torna estratégica para evitar colapso fiscal.

 

📊 Hugo Motta propõe alternativa: corte de 10% em todas as isenções fiscais

Enquanto Lula insiste em taxar bets, o presidente da Câmara dos Deputados traça caminho diferente. Hugo Motta quer votar nas próximas semanas projeto de lei determinando corte linear de 10% em todas as isenções fiscais brasileiras. Essa medida representa mudança radical na forma como o país lida com benefícios tributários.

Motta defende sua proposta com argumentos fortes: “A Câmara tem consciência do seu papel na construção de uma agenda fiscal responsável. Estamos falando de bilhões de reais que podem ser revertidos em políticas públicas, saúde, educação e infraestrutura”. Ademais, o presidente da Câmara afirma que “o parlamento não pode ignorar esse debate” e que “o Brasil precisa de um orçamento com menos remendos e mais previsibilidade”.

De autoria do líder do governo, deputado José Guimarães, a medida deve aumentar a receita do Executivo em cerca de R$ 20 bilhões em 2026. Portanto, o valor é praticamente equivalente ao que seria arrecadado se Lula conseguisse taxar bets e fintechs conforme deseja.

Entretanto, o projeto está em análise na Comissão de Finanças e Tributação. Os deputados querem aprovar a proposta na próxima semana e liberar análise no plenário. Consequentemente, o cronograma é apertado e exige negociação intensa entre governo e parlamentares.

⚖️ Embate político: Lula insiste em taxar bets e Motta quer cortar isenções

O governo concorda com a aprovação do corte nas isenções, mas insiste que a Câmara também aprove a taxação de bets e fintechs. Dessa forma, cria-se impasse político interessante: ambos os lados querem aumentar receita, mas discordam sobre qual caminho seguir.

Primeiramente, Lula insiste em taxar bets porque atinge empresas específicas que, na visão do Planalto, lucram excessivamente sem contribuir adequadamente. Além disso, a medida tem forte apelo popular, já que muitos brasileiros perderam dinheiro em apostas esportivas nos últimos anos.

Por outro lado, Hugo Motta prefere o corte linear nas isenções porque distribui o ônus de forma mais ampla. Consequentemente, nenhum setor específico se sente perseguido politicamente. Ademais, essa estratégia evita enfrentar lobbies poderosos de apostas e fintechs que têm forte influência no Congresso.

No cronograma de Motta, a ideia é votar contenção de despesas na próxima semana e, em seguida, analisar medidas que visam ampliar receita. Portanto, o presidente da Câmara tenta ordenar o debate e evitar votações atropeladas.

 

💼 Controle de despesas: as outras medidas que Lula quer aprovar

Além de insistir em taxar bets, o Executivo enviará ao Congresso regras sobre controle de despesas que estavam na MP 1303. Essas medidas incluem pontos polêmicos que afetam diretamente milhões de brasileiros.

Inclusão do programa Pé de Meia no piso da educação: essa mudança contábil altera como são calculados os investimentos mínimos em educação. Entretanto, críticos argumentam que trata-se de manobra para maquiar números sem aumentar recursos reais para escolas.

Limitação do valor pago anualmente no seguro-defeso: pescadores artesanais que dependem desse benefício durante períodos de proibição da pesca serão diretamente afetados. Consequentemente, comunidades tradicionais já manifestam preocupação com a medida.

Mudanças na concessão de benefícios previdenciários: alterações no auxílio-doença e outros benefícios preocupam trabalhadores que dependem desses recursos em momentos de vulnerabilidade. Portanto, o governo enfrenta resistência também de movimentos sociais.

Para agilizar tramitação, Planalto e Câmara definiram manobra conhecida como “jabuti”. Esses dispositivos serão acrescentados em outra proposta, batizada de “PL do Metanol”, que torna crime hediondo a adulteração de bebidas alcoólicas e já está pronto para votação no plenário.

Em paralelo, o governo publicará MP com o mesmo conteúdo para que tenha validade imediata enquanto o projeto tramita. Assim sendo, as medidas de contenção de despesas devem gerar economia de R$ 25 bilhões para 2026.

🤝 Bastidores: emendas parlamentares e distribuição de cargos

Enquanto Lula insiste em taxar bets publicamente, nos bastidores o Planalto negocia intensamente pagamento de emendas e distribuição de cargos. Essas negociações são fundamentais para garantir apoio parlamentar às propostas do governo.

Na quarta-feira, 22 de outubro, Hugo Motta se reuniu com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e com o líder do Progressistas na Câmara, deputado Dr. Luizinho. O ministro dos Esportes, André Fufuca, também do PP, participou do encontro estratégico.

Primeiramente, Motta e Luizinho reclamaram de suposta lentidão do Planalto em pagar emendas parlamentares, especialmente as emendas de comissão apadrinhadas pela cúpula da Câmara. Essas emendas representam moeda de troca fundamental nas negociações políticas. Ademais, deputados precisam mostrar resultados concretos em suas bases eleitorais.

A ministra Gleisi prometeu celeridade na execução das emendas e negou que o governo esteja retardando pagamentos propositalmente. Segundo ela, a execução está mais lenta porque o orçamento de 2025 demorou para ser votado. Além disso, o ministro Flávio Dino, do STF, estabeleceu regras mais rígidas para pagamento de emendas, o que retarda o processo de liberação.

Por outro lado, no encontro Fufuca e Dr. Luizinho informaram à Gleisi que o ministro permanecerá à frente da pasta dos Esportes. O PP havia determinado, em setembro, que seus filiados entregassem cargos no governo sob pena de expulsão. Entretanto, com mudança de rota do partido, os cargos do PP no Ministério dos Esportes não sofrerão pente-fino.

 

🔄 Pente-fino nos cargos: estratégia de Gleisi para garantir apoio

A ministra Gleisi Hoffmann está exonerando servidores comissionados indicados por deputados do centrão que têm sido infiéis ao governo. Em seguida, substitui essas indicações por parlamentares dispostos a apoiar Lula até 2026. Portanto, trata-se de estratégia clara de recompensa e punição política.

O pente-fino faz parte de plano mais amplo do governo de atrair apoio de parcelas dos partidos do centrão. Além disso, busca desorganizar apoios das pré-candidaturas da oposição às eleições presidenciais de 2026. Consequentemente, cada cargo comissionado vira peça no tabuleiro político.

Essa estratégia se conecta diretamente ao fato de que Lula insiste em taxar bets e outras medidas impopulares no Congresso. Afinal, o presidente precisa de base sólida para aprovar suas propostas. Nesse sentido, distribuir cargos e pagar emendas são contrapartidas necessárias para conquistar votos.

Entretanto, críticos argumentam que essa prática perpetua velha política de favores e fisiologismo. Por outro lado, defensores do governo afirmam que trata-se simplesmente de governabilidade democrática necessária no presidencialismo de coalizão brasileiro.

📉 Impacto no seu bolso: o que muda se Lula conseguir taxar bets

Se Lula conseguir taxar bets conforme deseja, o impacto será sentido principalmente por usuários dessas plataformas. Primeiramente, as empresas de apostas provavelmente repassarão parte da tributação aos apostadores através de odds menos vantajosas.

Além disso, fintechs que oferecem serviços financeiros digitais também podem repassar custos aos clientes. Consequentemente, tarifas de transferências, investimentos e outros serviços podem aumentar caso a taxação seja aprovada.

Por outro lado, a taxação de Juros sobre Capital Próprio afetará grandes empresas que utilizam esse mecanismo para distribuir lucros aos acionistas. Entretanto, o impacto no cidadão comum será indireto, possivelmente através de menor valorização de ações no mercado.

Para o governo, a arrecadação adicional seria destinada a fechar as contas públicas e evitar contingenciamento de gastos em áreas essenciais. Portanto, existe dilema entre aumentar tributação de setores específicos ou cortar investimentos em saúde, educação e infraestrutura.

Conclusão: embate fiscal define rumos da economia brasileira em 2026

O fato de que Lula insiste em taxar bets mesmo após derrota no Congresso demonstra determinação do governo em encontrar novas fontes de receita. Entretanto, a proposta alternativa de Hugo Motta, cortando 10% das isenções fiscais, pode ser caminho politicamente mais viável. Ambas as medidas buscam o mesmo objetivo: fechar as contas públicas e evitar colapso fiscal.

Nos próximos dias e semanas, o Congresso Nacional decidirá qual caminho seguir. Ademais, as negociações envolvendo emendas parlamentares e distribuição de cargos serão determinantes para o desfecho desse embate. Para a população brasileira, resta acompanhar atentamente, pois essas decisões impactarão diretamente a economia, os serviços públicos e o bolso de milhões de cidadãos.

O que está claro é que 2026 começa com desafios fiscais enormes. Portanto, tanto governo quanto Congresso precisarão demonstrar responsabilidade e capacidade de negociação para construir soluções sustentáveis que equilibrem justiça tributária, desenvolvimento econômico e responsabilidade fiscal.

Você usa aplicativos de apostas ou fintechs? Compartilhe este artigo e deixe seu comentário sobre qual solução você considera mais justa: taxar bets e fintechs ou cortar isenções fiscais de forma linear!

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